De acordo com Cogerh, mais da metade está com volume inferior a 30%.
Nos municípios de Quixeramobim e Canindé, situação é preocupante.

Em Quixeramobim, a 220 quilômetros de Fortaleza, o maior açude da cidade tem abastecido também dois municípios vizinhos e está com apenas com 23% da capacidade total. O agricultor Antônio Freitas da Silva mora há 35 anos no município e diz nunca ter visto uma época tão seca. Ele plantou milho e feijão, mas lamenta a safra que foi praticamente toda perdida. "Aqui na nossa localidade e nos vizinhos, foi muito pouca chuva. Eu perdi 90% da plantação", afirma.
No Ceará, dos 184 municípios, 176 já decretaram situação de emergência. O caso é mais grave na Região Jaguaribana e nos sertões dos Inhamuns e Central, onde, segundo a Defesa Civil, moram dois milhões e meio de pessoas.
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Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme), em 2013, em todo Ceará, choveu 50% menos do que a média
histórica para a época, que é de 849 milímetros. Os agricultores dizem
que, em muitos locais, a água disponível para os animais deve acabar nos
próximos dias. "Se não tiver inverno, não tem como a gente ficar aqui.
Não tem água e, sem água, a gente não vive", diz a dona de casa
Lucinelda Alves.Em Canindé, a 110 quilêmetros de Fortaleza, o Açude Souza está praticamente seco e obriga quem vive no local a economizar a água que ainda resta nos tambores. Se não chover até o início de 2014, o medo dos moradores é de racionamento. O engenheiro agranômo da Comissão de Defesa Civil de Canindé, José Tarcísio do Rêgo, afirmou que a necessidade de um racionamento será avalida para imediato ou para os próximos meses.
Até lá, os sertanejos procurar alternativas. Sebastião Rodrigues, por exemplo, compra uma parte da água e consegue a a outra em um posto. Já Mauro de Paulo Soares, percorre todos os dias 1km e meio para buscar água para os familiares.
De acordo com o coronel Élcio Queiroz, membro do Comitê Integrado de Combate à Seca, há um planejamento para ações de carro-pipa antes que os açudes entrem em colapso. Ele reconhecem que houve problemas de regularidade no abastecimento por causa da transição de o de um contrato para o outro de uma empresa.
Segundo ele, adutoras emergencias devem substutuir os carros-pipa onde há maior quantidade de pessoas. "Essa situação requer muito mais que a mobilização governamental, e sim, uma mobilização social também".
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